Domingo, 14 de Março de 2010

Eu sou o teu pai!

 

 
 
No infinito de ideias e ideiais do mundo civilizacional, no universo criado pelo BIG BANG, nesta época, neste momento conheci-te como a filha do meu gene!
Poderíamos divagar seguindo o raciocínio de física quântica, ou cartas astrológicas, mas estou a tentar ser mais conciso.
Nesse momento comecei a aprender a ser teu Pai! Infelizmente nunca me foi apresentado pessoal e formalmente o “manual de como ser Pai” estereotipado ao meu conceito e carácter social.
 
 
Assim, na senda interminável de te dar o melhor, enveredei por um mundo por mim desconhecido até então. Desisti e reneguei ao estilo de vida que vivia, para conseguir estabelecer uma ponte de equilíbrio ao conhecimento. Essa ponte estabelece ligação com a coerência, amizade, amor, ética, verdade e a realidade social do indivíduo comum.
 A partir dessa ponte criarás os teus caminhos por ti seleccionados e eventualmente facultar-te-à know how para chegares aos teus objectivos.
 
 
Não estou cá para destruir árvores e construir um santuário, mas sim para plantar em teu nome.
Não estou cá para te esconder das verdades e mentiras criadas pela sociedade, mas sim para te facultar toda a educação e formação que necessites para descobrires as tuas realidades.
Não estou cá para contribuir à degradação do eco-sistema para beneficiar uma sociedade, mas sim para participar no esforço colectivo de um amanhã sustentavel para a tua geração disfrutar do meio tal como eu disfruto.
Não estou cá para te incutir e marcar com uma etnia, mas sim para te ajudar a caracterizar e encaminhares a(s) tua(s) fé(s) e crenças.
Não estou cá para te deixar só, longe de mim. Tal, é anti-natura, logo sinto que parte de mim está longe, -tal como tu deves sentir o mesmo-...
 
 
Estou cá...
Estou cá para te recomendar nos bens que queres adquirir,
Estou cá para te avisar dos perigos que podes defrontar,
Estou cá para te ajudar a caracterizar o teu perfil social por ti escolhido,
Estou cá para acompanhar os teus passos mais inseguros,
Estou cá para promover os teus gostos por artes e cultura(s),
Estou cá para te ver sorrir...
Estou longe! Estou longe quando tu longe estás, mas acima de tudo e pensando em “Não há longe nem distância” consigo aliviar a dôr de não te têr perto.
 
 
O que uma criança espera do seu pai?
Acima de tudo que a proteja. Que lhe garanta conforto e companhia e lhe proporcione momentos recriativos e de lazer durante todo o processo de evolução do individuo como ser.
Insconscientemente , e perante uma situação normal, o amor incondicional e racional presente de ambos os lados promove a que o grau de proteccionismo envolvido e dedicado à sua educação, aprendizagem e imitação do meio que a rodeia e nele participa, em qualquer tipo de vivência étnica, profissional, familiar e social.
 Ou seja, o Pai deseja que a criança seja o seu reflexo daquilo que este é ou não,ou desejaria ser (tudo depende do relacionamento entre ambos), e o descendente humildemente e ingénuamente deseja um lugar onde as crianças possam ser crianças a vida inteira, e a fome, a morte, o ódio, a guerra, o terror e demais acções negativas nunca existam.
 
 
O ser humano como ser racional, ao longo do seu processo de aprendizagem e evolução como ser social e interactivo, além das suas capacidades e à forma de utilizar o seu conhecimento, tem cometido diversos erros, e muitos desses erros começam exactamente na forma como gere a sua relação familiar, nomeadamente com os seus descendentes. Os seus medos e receios, as suas vontades e desejos, as suas acções e passividades, entre todos os outros processos humanos sociais, culturais, tecnológicos e naturais. Tentando não me ligar ao passado como fonte de catalogação ou registo do indivíduo A, B ou C, de côr azul, verde ou branca, com o gosto de música, desporto ou arte, etc. Dedico o meu tempo como orientador / tutor do meu descendente dando-lhe os instrumentos e o acesso ao diferente tipo de informação, actividades e oportunidades de forma a que quando chegar o momento, este tenha a capacidade e discernimento, adequados para si e esperados pela sociedade corrente, de escolher quais os seus passos, quais os seus objectivos, qual a sua missão.
música: So far away from me
sinto-me: lirico
publicado por reflexoessustentaveis às 21:00
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